estresse melancólico
eu expresso o que sinto, e ao mesmo tempo guardo muito do meu emocional pra mim, sem saber quando vou explodir. ok ser sensível, desde que não jogue toda a carga de fúria pra cima de outras pessoas. ninguém gosta de uma birrenta, uma braba estressadinha, uma criançona, mesmo que não sinta que cresceu de fato. passou dos 18, é adulta. é um ódio enorme que sinto dessa pressão. odeio tudo isso, mas não posso esbravejar mais como minha versão infantil faria bem.
era tão boa em enganar, em suprimir muito de mim... e nunca era agradecida ou reconhecida de fato. no máximo, só me diziam que eu era inteligente pelas notas e boa memória. nada realmente certeiro, que ia no ponto dos meus esforços. eu sou só mais uma boa gênia amaldiçoada que Dweck citou em Mindset. sou só mais uma que não vem rendendo tanto quanto esperavam, mas ainda tento render de qualquer jeito. de qualquer forma, ainda há gente que espera um monte de mim. eu posso fazer tudo que eu quiser, e nunca vou me sentir satisfeita. não importa o que aconteça, não importa o quanto eu cumpra com as coisas, eu saio com dor de cabeça. isso vem sendo uma dor bem frequente nos últimos tempos. é mais fácil ficar estressada hoje do que antes, quando meus momentinhos de raiva era por não ter os meus desejos infantis atendidos. se eu ficar com raiva, sou imatura, frágil, sem inteligência emocional, não sou uma mulher de verdade. o que piora a minha situação, e minha melancolia desenganada.
me pergunto se vou entregar tudo, fazer tudo, sem surtar de vez. me pergunto se vou ter permissão de ser quem realmente sou (ou poderia ser, já que minha identidade sem inteligência é bem nebulosa). assumo que enganei bem as pessoas com minha fachada cerebral, com uma boa máscara para minhas falhas. eu nunca seria aceita se eu fosse apenas conhecida como a garotinha autista. eu queria ser mais que isso. e hoje, eu queria muito que a sociedade, bem como as pessoas que me estimavam, assuma que me enganou bem também. ela também usa boas máscaras. ela também vive de títulos, fachadas, maquiagem pra impressionar quem também vive de egocentrismo e aparência. eu vivi disso por tempo demais, mesmo achando que estaria bem ao menosprezar os padrões de beleza e até quem gosta de se arrumar ou se cuidar. eu fui uma chata idiota que se achava diferente, mas que era como as outras garotas. quando não foi pelas armadilhas da aparência física, foi pelas feridas da autoimagem intelectual. mais uma patinha que caiu, e me arrependo até hoje por não me permitir sair dessa fachada de sabe-tudo.
queria ter a calma da menina de 10 anos atrás, que só queria assistir os desenhos e séries da Disney e da Nickelodeon. agora, até esses canais me dão sentimentos mistos ao me lembrar dos traumas de alguns dos heróis e heroínas da infância e pré-adolescência, criados dentro das empresas. elus sofreram pressões da mesma forma que eu, só que mais amplificada por flashes e microfones aos seus arredores. ao menos, eu dei sorte. mas que se importa? só queria ser alienada quanto a um monte de coisa alheia, de tralhas e estresse desnecessário. só queria não me lembrar das cobranças ao meu redor, e da instabilidade do mundo contemporâneo. infelizmente, não posso me dar mais esse luxo de fugir. há quem precisa de mim. e há eu, que preciso aprender a sobreviver e prosperar. dessa vez, não vai ser do jeito que as pessoas querem. vai ser do jeito que eu quero e espero. um dia, esse estresse guardado vira alegria. um dia, essa melancolia vira satisfação. espero muito que esse estresse melancólico valha a pena.
era tão boa em enganar, em suprimir muito de mim... e nunca era agradecida ou reconhecida de fato. no máximo, só me diziam que eu era inteligente pelas notas e boa memória. nada realmente certeiro, que ia no ponto dos meus esforços. eu sou só mais uma boa gênia amaldiçoada que Dweck citou em Mindset. sou só mais uma que não vem rendendo tanto quanto esperavam, mas ainda tento render de qualquer jeito. de qualquer forma, ainda há gente que espera um monte de mim. eu posso fazer tudo que eu quiser, e nunca vou me sentir satisfeita. não importa o que aconteça, não importa o quanto eu cumpra com as coisas, eu saio com dor de cabeça. isso vem sendo uma dor bem frequente nos últimos tempos. é mais fácil ficar estressada hoje do que antes, quando meus momentinhos de raiva era por não ter os meus desejos infantis atendidos. se eu ficar com raiva, sou imatura, frágil, sem inteligência emocional, não sou uma mulher de verdade. o que piora a minha situação, e minha melancolia desenganada.
me pergunto se vou entregar tudo, fazer tudo, sem surtar de vez. me pergunto se vou ter permissão de ser quem realmente sou (ou poderia ser, já que minha identidade sem inteligência é bem nebulosa). assumo que enganei bem as pessoas com minha fachada cerebral, com uma boa máscara para minhas falhas. eu nunca seria aceita se eu fosse apenas conhecida como a garotinha autista. eu queria ser mais que isso. e hoje, eu queria muito que a sociedade, bem como as pessoas que me estimavam, assuma que me enganou bem também. ela também usa boas máscaras. ela também vive de títulos, fachadas, maquiagem pra impressionar quem também vive de egocentrismo e aparência. eu vivi disso por tempo demais, mesmo achando que estaria bem ao menosprezar os padrões de beleza e até quem gosta de se arrumar ou se cuidar. eu fui uma chata idiota que se achava diferente, mas que era como as outras garotas. quando não foi pelas armadilhas da aparência física, foi pelas feridas da autoimagem intelectual. mais uma patinha que caiu, e me arrependo até hoje por não me permitir sair dessa fachada de sabe-tudo.
queria ter a calma da menina de 10 anos atrás, que só queria assistir os desenhos e séries da Disney e da Nickelodeon. agora, até esses canais me dão sentimentos mistos ao me lembrar dos traumas de alguns dos heróis e heroínas da infância e pré-adolescência, criados dentro das empresas. elus sofreram pressões da mesma forma que eu, só que mais amplificada por flashes e microfones aos seus arredores. ao menos, eu dei sorte. mas que se importa? só queria ser alienada quanto a um monte de coisa alheia, de tralhas e estresse desnecessário. só queria não me lembrar das cobranças ao meu redor, e da instabilidade do mundo contemporâneo. infelizmente, não posso me dar mais esse luxo de fugir. há quem precisa de mim. e há eu, que preciso aprender a sobreviver e prosperar. dessa vez, não vai ser do jeito que as pessoas querem. vai ser do jeito que eu quero e espero. um dia, esse estresse guardado vira alegria. um dia, essa melancolia vira satisfação. espero muito que esse estresse melancólico valha a pena.
💜 X'nO, Lilac P

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